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“A concessão é muito interessante para a iniciativa privada"


Fotos: Acervo Parque Aldeia do Imigrante

A Radar PPP é uma empresa de São Paulo com anos de trajetória em consultorias e criação de modelos econômico-financeiros para parcerias público-privadas (PPPs). Atende tanto governos, quanto empresários e oferece avaliação da atratividade dos projetos, plano de negócio e distribuição de receita. A frase que dá título a esse post é de Bruno Pereira, fundador da Radar, conhecedor da Serra Gaúcha e reconhecido nacional e internacionalmente pelo seu conhecimento sobre concessões.


Nós conversamos com ele para saber mais sobre como a PPP pode ser um bom negócio para os empresários da região e, também, apresentamos aqui um case que já deu certo: o Parque Aldeia do Imigrante, em Nova Petrópolis. “A iniciativa privada já é pujante na Serra Gaúcha e, muitas vezes, não consegue prosperar ainda mais porque o governo não faz a parte dele como deveria em alguns ativos. Por exemplo: um parque municipal não tem tantos atrativos, não é dinâmico, não tem reflexão diária de como atrair mais turistas. Para uma empresa que tem hotéis na região, é interessante que o parque seja um atrativo para visitantes, que poderão se hospedar no negócio dele”, explica Bruno.

A partir desse interesse em movimentar mais uma cidade, um investidor pode entrar em uma licitação para assumir um espaço público nos moldes do contrato firmado com o governo. O vencedor da licitação vai colocar capital próprio para construir ou reformar um ativo que já existe e coletar as taifas nos termos do contrato. Em um projeto estável, a partir de um certo momento, vai sobrar recursos do caixa e render dividendos aos sócios pelo capital aplicado”, completa. O fundamental é que os contratos sejam bem feitos, e Bruno ressalta que o Brasil tem evoluído muito nisso. O papel da Radar está justamente em intermediar as negociações, colocando a sua expertise para que o contrato seja bom para todos os envolvidos.

Conforme ele, há muitas empresas com sobra de caixa e buscando novos negócios para aportar capital. Quando é feita uma concessão, a empresa ganha explorando um lugar que vai beneficiá-la, e o governo tem vantagens como tirar custos de manutenção do seu colo, receber recursos da outorga e incrementar o ICMS com um novo investimento privado. “E o visitante encontra um parque melhor. Quando o contrato é sinérgico, todos ganham”, reforça.


O Parque Aldeia do Imigrante, em Nova Petrópolis, é um exemplo. A concessão público-privada aconteceu em 2018, e a concessionária vencedora foi a Urbanes Empreendimentos, de Santa Maria. Nos três anos em que administra o parque, a empresa fez melhorias nas edificações da Aldeia Histórica, reformou a galeria de lojas, o Biergarten, o Salão Tannenwald e as áreas comuns de lazer e implementou novos espaços. Todas as intervenções realizadas desde o início da concessão foram idealizadas pelo consultor de revitalização do Parque Aldeia do Imigrante, Cláudio José Weber, que acompanha as obras desde o planejamento até a conclusão.

Com as ações executadas após a concessão, o parque se tornou a mais bem avaliada estrutura turística de Nova Petrópolis no Trip Advisor. A Urbanes não abre o valor investido, mas informa que foi superior ao que estava previsto no edital. A empresa também reforça que intensificou as ações comerciais com objetivo de fortalecer a união e a coletividade na promoção do produto turístico “Nova Petrópolis”, através de parcerias com trade turístico, dentre eles rede hoteleira, espaços gastronômicos, atrativos turísticos e entidades da cidade.

No caso da concessão do Aldeia do Imigrante, turistas pagam para entrar, mas moradores de Nova Petrópolis cadastrados no município apresentam uma carteirinha e recebem isenção, o que Bruno cita como um exemplo de um contrato bem feito.



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